Materiais reutilizados transformam-se em aparelhos no tratamento de doenças respiratórias crônicas
Nunca se falou tanto em doenças respiratórias como no último ano. Além do inverno ser a estação em que a incidência de doenças respiratórias aumenta muito, temos a pandemia da COVID-19, que nos exige atenção redobrada. Isolamento social e higiene são fundamentais, mas também é importante não confundir os sintomas de resfriados e gripes comuns com os do novo coronavírus e com as características de doenças ou complicações pulmonares crônicas.
O fato é que a falta de ar, tosse, chiado no peito e coriza são sintomas que afetam milhões de brasileiros. Uma pesquisa nacional, realizada em 2015 e encomendada pelo Ibope, apontou que cerca de 20 milhões de pessoas têm asma ou bronquite no país, enquanto a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), consequência do tabagismo, é reconhecida como a 4ª causa de morte no mundo, atingindo 7 milhões de pessoas só no Brasil.
Esses números se tornam ainda mais impactantes agora, em período de pandemia. De acordo com dados apontados pela Fiocruz, as mortes por síndromes respiratórias em 2020 superam a média dos últimos 10 anos. Por isso, a fisioterapia respiratória é tão importante para pacientes em situação de recuperação de sequelas, sejam leves ou severas, e pessoas que possuem alguma questão crônica.
O plástico como matéria-prima nos aparelhos que auxiliam no tratamento de doenças respiratórias crônicas.
Os exercícios respiratórios fazem parte da fisioterapia respiratória que normalmente é administrada em pessoas com problemas pulmonares agudos ou crônicos para auxiliar na diminuição dos sintomas.
Um exercício muito recomendado na fisioterapia respiratória utiliza o espirômetro. A atividade consiste em melhorar a capacidade dos pulmões por meio da quantidade de ar que pode ser retida, bem como do volume e velocidade com que o paciente consegue soprá-lo.
A fisioterapeuta Karolyne Reis Trindade, especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva, explica que "Em cada pulmão, o ser humano possui cerca de 200 milhões de alvéolos e eles são a unidade funcional do pulmão, responsáveis por trocar o ar sujo pelo ar limpo. Assim, a utilização da PEEP (positive end-expiratory pressure ou pressão positiva expiratória final - se traduzida) em selo d'água, conhecido como espirômetro caseiro, é um excelente recurso terapêutico para recuperar a capacidade pulmonar". Karolyne diz que a grande função do aparelho é colocar os alvéolos para funcionar, por meio do aumento da pressão nas bases dos pulmões, aumentando assim a quantidade de oxigênio nas artérias e consequentemente em todos os órgãos e tecidos.
O espirômetro é um aparelho confeccionado em material plástico, mas também pode ter sua adaptação caseira, com reutilização de materiais. O enchimento de bexigas também pode ser uma outra opção para quem precisa fortalecer a musculatura, sendo indicado para pessoas que estão mais restritas em casa, como os idosos, atuando de forma preventiva a doenças respiratórias, como, por exemplo, a pneumonia.
A fisioterapeuta Mirca Ocanhas ensina como fazer o espirômetro com garrafa PET para tornar seu pulmão mais forte e resistente. Com materiais simples e de baixo custo, qualquer pessoa pode fazer em casa:
Legenda da imagem: Espirômetro tradicional usado em clínicas e hospitais.
Nebulizadores e bombinhas
É muito comum nos lares brasileiros encontrar pessoas que desenvolvem bronquite crônica, aguda ou alérgica, principalmente quem reside no sul do país, devido às temperaturas baixas. Karolyne explica que nós temos um muco transparente no sistema respiratório que possui a função de proteção, porém quando a temperatura está baixa e é associada a baixa umidade do ar, acaba deixando o indivíduo mais suscetível ao aparecimento e/ou agravamento de doenças respiratórias, pois há uma diminuição do mecanismo de defesa do organismo e, para descobrir, é imprescindível um diagnóstico médico. No entanto, boa parte do tratamento de controle pode ser feito em casa.
A bronquite é a inflamação dos brônquios, que são os tubos que levam o oxigênio até os pulmões. Em sua forma crônica, o problema acompanha o indivíduo pela vida toda e a recomendação é sempre manter as vias respiratórias hidratadas com inalação e soro fisiológico.
A inalação ou nebulização é um recurso terapêutico muito recomendado pelos médicos para reduzir e aliviar os sintomas respiratórios, como tosse, falta de ar e chiado no peito. Nesse sentido, o uso de aparelhos nebulizadores e inaladores ganha destaque.
A nebulização é o procedimento que desentope as vias aéreas, possibilitando a passagem do ar mais rapidamente e aliviando os sintomas incômodos, proporcionando a sensação de alívio e bem-estar ao paciente. Como é um método muito usado, tornou-se popular, possibilitando realizar a nebulização mesmo em casa, sem a necessidade de ter que ir a clínicas e consultórios.
Além de apresentarem em suas estruturas camadas fabricadas em plástico, os aparelhos nebulizadores e inaladores possuem uma máscara anatômica e flexível que se encaixa perfeitamente no rosto do paciente. Essa máscara costuma ser feita em PVC atóxico.
Legenda da imagem: Máscara feita de PVC atóxico, acoplada ao aparelho de inalação.
Já a asma é uma doença inflamatória crônica, que atinge os bronquíolos, que são pequenas vias aéreas dos pulmões. Quando eles ficam inchados e contraídos, ocasionam as crises. Como os bronquíolos se fecham, os canais de ar também se tornam estreitos, gerando o desconforto respiratório.
A bombinha para asma é um recipiente feito em plástico pressurizado que contém medicamento broncodilatador, inalado por acionamento de uma válvula de spray em casos de dificuldades para expirar o ar dos pulmões. Essa condição ocorre quando os bronquíolos inflamam, dificultando a saída do ar.
A bombinha para asma trata uma doença crônica, portanto não vicia. O tratamento é prolongado, podendo durar anos, pois a ideia é controlar a inflamação existente nas vias aéreas, utilizando a mesma bombinha durante um bom tempo sem a necessidade de usar uma bombinha descartável, por exemplo.
Legenda da imagem: Bombinha utilizada no tratamento de asma, produzida de material plástico
A importância da fisioterapia respiratória
A fisioterapia respiratória é uma especialidade da fisioterapia que visa à prevenção e ao tratamento de praticamente todas as doenças que atingem o sistema respiratório como asma, bronquite, insuficiência respiratória e tuberculose, por exemplo.
Muitas doenças respiratórias comprometem, de modo crônico, as vias aéreas, que se estreitam, dificultando a respiração. Embora não tenha cura, as síndromes respiratórias são doenças controláveis se tratadas. Se não tratadas, o estreitamento das vias aéreas torna-se ainda mais espesso, ocasionando crises mais frequentes e intensas.
Vale lembrar: toda e qualquer doença - seja ela respiratória ou de outra natureza - deve ser diagnosticada por um médico. Evite a automedicação e procure um especialista para tratar a causa.
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A reciclagem mecânica de resíduos plásticos tem colaborado com o aumento de empregos ou renda extra. Além disso, tem transformado o modo de vida de muitos, educando sobre a importância de repensar o consumo e reaproveitar resíduos.
Este estudo teve como objetivo apresentar - e esclarecer - todo o contexto que envolve o processo, bem como suas grandes contribuições para o país e colaboradores do setor.
Outra inovação é a manufatura de próteses mecânicas em impressoras 3D com biopolímeros (produzidos a partir de fontes renováveis, como a cana-de-açúcar, a beterraba, o milho e outras espécies). No caso da mão mecânica, a matéria-prima é o PLA – poliácido láctico constituído por moléculas de ácido láctico –, um ácido orgânico de origem biológica que é obtido a partir do amido do milho e da beterraba.
O volume de plásticos pós-consumo reciclados no Brasil teve um crescimento de 10%, em relação a 2018.
Foram 838 mil toneladas !
Confira outros números abaixo:
17,9 MIL EMPREGOS foram gerados na indústria de reciclagem mecânica.
As vagas foram ofertadas por empresas e cooperativas de reciclagem , que têm grande importância social, contribuindo com a geração de renda e, cada vez mais, com o desenvolvimento de colaboradores que garantem o sustento de suas famílias.
695 EMPRESAS EM OPERAÇÃO , dessas 82,5% das recicladoras entre Sul e Sudeste.
Com mais oportunidades de crescimento, a sustentabilidade e a economia seguem de mãos dadas estimulando novas ações e iniciativas sustentáveis por todo o país.
R$ 2,5 BILHÕES em faturamento bruto
Você sabia?
56,5% dos resíduos reciclados são PET!
De onde vem e para onde vai:
Quem imagina que a maior parte dos resíduos vem de empresas vai ficar surpreso ao descobrir, que mais da metade dos resíduos vem dos lares. Por esse motivo, nós, do Movimento Plástico Transforma, estimulamos a prática dos 4 Rs da Sustentabilidade.
Um deles é: REPENSE o seu consumo.
• 52,5% do plástico reciclado vem do uso doméstico
• 28% resíduo pós-industrial
• 19,5% pós-consumo não doméstico
O Sudeste se destaca como a região que mais consome os materiais plásticos reciclados e as 838 mil toneladas se dividem da seguinte forma:
• 55,5% Sudeste (464 mil t)
• 27% Sul (226 mil t)
• 11,3% Nordeste (95 mil t)
• 4,8% Centro-Oeste (40 mil t)
• 1,4% Norte (12 mil t)
O estudo apontou que ainda há uma porcentagem de perda no processo de reciclagem, em decorrência da contaminação no momento da triagem, adesivos ou sujeira orgânica, além de cores indesejadas. 135 mil toneladas foram identificadas no período.
Agora, queremos saber: você separa os seus resíduos adequadamente?
Contribua com o processo de reciclagem e seja um agente dessa transformação! 😉 ♻ ️
Existem lixeiras para cada tipo de material, indicadas por cores conforme abaixo. Mas, para facilitar em casa, você pode ter 2 lixeiras: uma para orgânicos e a outra para recicláveis.
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