Isopor® é uma marca registrada que virou substantivo comum e passou a ser utilizada para designar o EPS - poliestireno expandido. O EPS é muito conhecido pela sua utilização em caixas térmicas, no entanto, é de grande versatilidade e pode ser aplicado nos mais diversos segmentos.
Trata-se de um termoplástico obtido a partir de uma reação química, a polimerização, na qual as moléculas são agrupadas em cadeias, formando um polímero.
O polímero é fornecido na forma de pequenas esferas que contêm em seu interior um agente de expansão, especificamente um hidrocarboneto chamado pentano. A expansão é obtida através da aplicação de calor, normalmente na forma de vapor de água. Após a expansão, o material transforma-se em espuma rígida no formato da peça final.
Processo de transformação
As fábricas recebem o material como o poliestireno expansivo e usam uma máquina de expansão que faz o produto - exposto a vapor e temperatura - expandir, permitindo que o ar entre e o gás saia.
A partir desse processo, é possível ver as pérolas de EPS separadamente, com muito ar no interior de cada uma delas. Normalmente são as empresas que determinam o tamanho de cada uma dessas pérolas de acordo com seus produtos e processos. Nesta fase em que as pérolas de EPS permanecem soltas, elas são utilizadas para preencher produtos como bonecas, pufes e travesseiros, entre outros. Para criar outras funções, é necessário moldar as pérolas de EPS para que se tornem uma peça sólida.
É possível fazer produtos em EPS sob medida seguindo as especificações que as empresas contratantes enviam, respondendo às normas de segurança e estudo de engenharia de cada produto. São essas informações que possibilitam às empresas saber qual será a matéria-prima mais resistente às temperaturas e às condições técnicas. A densidade é responsável por explicar o tamanho, o peso, a espessura e também pode variar de acordo com cada necessidade.
Aplicações
Por ser um plástico versátil, tem inúmeras aplicações. Entre as que a Termotécnica realiza, destacam-se a produção de embalagens e componentes técnicos; conservadoras para o agronegócio utilizadas no processo pós-colheita para a conservação, transporte e exposição de frutas, legumes e verduras; soluções diversas para a cadeia de frio; para a movimentação de cargas e na construção civil.
Com matriz em Joinville, SC, a empresa atua há 57 anos e possui unidades produtivas e de reciclagem em Manaus (AM), Petrolina (PE), Rio Claro (SP) e São José dos Pinhais (PR). As fábricas visam à proximidade aos principais centros produtivos e consumidores. Dessa forma, a logística dos clientes torna-se ainda mais otimizada e eficiente.
A Indústria Santa Luzia , com mais de 75 anos de história e sede em Braço do Norte, SC, atende em âmbito nacional e tem capacidade de transformar grandes quantidades de Isopor® em várias linhas de produtos, como rodapés, rodatetos, guarnições, rodameios, revestimentos e decks, além de espelhos, molduras e porta-retratos. Os produtos feitos a partir de material reciclado têm atributos e são cada vez mais valorizados pelo mercado.
Vantagens
O Isopor® é perfeito para o isolamento térmico, pois assegura a temperatura nas condições ideais. É excelente como acondicionador, porque protege contra impactos e vibrações. É um material resistente à compressão e à umidade, o que dificulta o desenvolvimento bacteriano. Também proporciona redução do custo de frete aéreo e menor emissão de CO2, sendo 100% reciclável de forma contínua.
Segundo o último levantamento do setor, feito pela Plastivida em 2012, o Brasil reaproveitou 35% do EPS produzido, ou seja, 14 toneladas das 40 consumidas. Para que a reciclagem do EPS continue crescendo, a adesão da população, das cooperativas e das empresas geradoras é fundamental.
Reciclagem
É importante ressaltar que o EPS é um plástico 100% reciclável, que tem em sua composição 98% de ar e muita tecnologia.
Em 2007, a Termotécnica iniciou o Programa Reciclar EPS, que já permitiu a destinação adequada de mais de 40 mil toneladas de EPS. O número equivale a 1/3 de todo o EPS reciclado no Brasil nesse período.
O programa gera cerca de 100 empregos diretos, conta com mais de 1.200 pontos de coleta e 300 cooperativas de reciclagem parceiras, o que impacta diretamente mais de 5 mil famílias.
Após reciclado, o EPS volta para o mercado e é utilizado para a fabricação de itens como régua escolar, solas de sapatos, rodapés, molduras, entre outros.
Ao longo de 16 anos, para a Santa Luzia foi um grande desafio estabelecer uma cadeia de fornecedores que, além disso, fornecesse uma matéria-prima com qualidade aceitável para colocar no processo. Muitas vezes as cooperativas não possuem espaço físico para alocar resíduos de EPS. Outro problema também é a localização dessas cooperativas, que, muitas vezes, estão longe de onde o resíduo se encontra e esse, por ser leve e de grande volume, tem a logística e a operação inviabilizadas.
Infelizmente, ainda não é possível atingir todas as cooperativas de catadores, devido à grande quantidade. Mas uma boa parte, sim. Hoje, são 136 cooperativas que fornecem resíduos de EPS e indiretamente contribuem com mais de 2.500 empregos.
Os produtos tanto da Santa Luzia como da Termotécnica poderiam ser fabricados em poliestireno virgem, porém, o modelo de negócios das empresas está baseado na economia circular, em que os materiais e os produtos circulam em uma cadeia fechada e são mantidos no mais alto nível de utilidade e valor o tempo todo. Por isso, priorizam a utilização de materiais recicláveis e reciclados e implantam o Programa de Logística Reversa, no qual recebem aparas de instalação e rejeitos dos próprios produtos de poliestireno expandido, que são reutilizados no processo.
Onde descartar os resíduos pós-consumo de EPS
O consumo do EPS é prejudicado pela falta de informação sobre o descarte correto. Muitos também não sabem para onde enviar as embalagens pós-consumo. E outro fator importante a ser ressaltado no caso do EPS é a logística, que tem como característica o alto volume e o baixo peso.
Atenta a essa realidade, a Termotécnica disponibiliza um site chamado Reciclar EPS , que localiza em todo o território nacional o ponto mais próximo de recebimento de EPS para reciclagem.
A Santa Luzia também promove o processo de divulgação, para que a população se conscientize que a disposição final em aterros é a última alternativa. Por isso, conta com um portal informativo de forma dinâmica no site da empresa e no blog .
Com a expansão da reciclagem do EPS, todos os públicos podem se engajar e reconhecer que há uma cadeia de logística reversa e de reciclagem desenvolvida, com pontos de coleta e reciclagem do material espalhados por diversos estados brasileiros.
Mais informações:
Termotécnica:
Santa Luzia:
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A reciclagem mecânica de resíduos plásticos tem colaborado com o aumento de empregos ou renda extra. Além disso, tem transformado o modo de vida de muitos, educando sobre a importância de repensar o consumo e reaproveitar resíduos.
Este estudo teve como objetivo apresentar - e esclarecer - todo o contexto que envolve o processo, bem como suas grandes contribuições para o país e colaboradores do setor.
Outra inovação é a manufatura de próteses mecânicas em impressoras 3D com biopolímeros (produzidos a partir de fontes renováveis, como a cana-de-açúcar, a beterraba, o milho e outras espécies). No caso da mão mecânica, a matéria-prima é o PLA – poliácido láctico constituído por moléculas de ácido láctico –, um ácido orgânico de origem biológica que é obtido a partir do amido do milho e da beterraba.
O volume de plásticos pós-consumo reciclados no Brasil teve um crescimento de 10%, em relação a 2018.
Foram 838 mil toneladas !
Confira outros números abaixo:
17,9 MIL EMPREGOS foram gerados na indústria de reciclagem mecânica.
As vagas foram ofertadas por empresas e cooperativas de reciclagem , que têm grande importância social, contribuindo com a geração de renda e, cada vez mais, com o desenvolvimento de colaboradores que garantem o sustento de suas famílias.
695 EMPRESAS EM OPERAÇÃO , dessas 82,5% das recicladoras entre Sul e Sudeste.
Com mais oportunidades de crescimento, a sustentabilidade e a economia seguem de mãos dadas estimulando novas ações e iniciativas sustentáveis por todo o país.
R$ 2,5 BILHÕES em faturamento bruto
Você sabia?
56,5% dos resíduos reciclados são PET!
De onde vem e para onde vai:
Quem imagina que a maior parte dos resíduos vem de empresas vai ficar surpreso ao descobrir, que mais da metade dos resíduos vem dos lares. Por esse motivo, nós, do Movimento Plástico Transforma, estimulamos a prática dos 4 Rs da Sustentabilidade.
Um deles é: REPENSE o seu consumo.
• 52,5% do plástico reciclado vem do uso doméstico
• 28% resíduo pós-industrial
• 19,5% pós-consumo não doméstico
O Sudeste se destaca como a região que mais consome os materiais plásticos reciclados e as 838 mil toneladas se dividem da seguinte forma:
• 55,5% Sudeste (464 mil t)
• 27% Sul (226 mil t)
• 11,3% Nordeste (95 mil t)
• 4,8% Centro-Oeste (40 mil t)
• 1,4% Norte (12 mil t)
O estudo apontou que ainda há uma porcentagem de perda no processo de reciclagem, em decorrência da contaminação no momento da triagem, adesivos ou sujeira orgânica, além de cores indesejadas. 135 mil toneladas foram identificadas no período.
Agora, queremos saber: você separa os seus resíduos adequadamente?
Contribua com o processo de reciclagem e seja um agente dessa transformação! 😉 ♻ ️
Existem lixeiras para cada tipo de material, indicadas por cores conforme abaixo. Mas, para facilitar em casa, você pode ter 2 lixeiras: uma para orgânicos e a outra para recicláveis.
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