Resíduos reutilizados passam a fazer parte do dia a dia das escolas e transformam-se em brinquedos, atividades em sala de aula, materiais didáticos, materiais de apoio e muito mais.
A conscientização para um mundo mais sustentável passa também pela escola, pois não basta ensinar, é preciso dar o exemplo. E, para elaborar projetos com temas emergentes e relevantes, a educação também precisa evoluir.
A cada ano torna-se indispensável a educação para a sustentabilidade, devido ao contexto das relações entre a sociedade e o meio ambiente. Por isso, a escola, por ser uma das instituições responsáveis em transmitir o conhecimento, tem nas mãos o poder de ensinar e demonstrar a importância da preservação da natureza.
Mas afinal, o que é sustentabilidade escolar?
De modo geral, a sustentabilidade escolar consiste na aplicação de atividades, práticas e ensinamentos no meio escolar, focados na questão do desenvolvimento sustentável do planeta.
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Representação do conceito de sustentabilidade escolar.
Como efetivamente trabalhar o tema?
As instituições de ensino e os profissionais de educação geralmente passam a desenvolver projetos simples e efetivos voltados a ações sustentáveis. Com foco na criatividade, os conteúdos envolvem redução da produção de resíduos, reutilização e reciclagem. Ao criarem novas formas de pensar e praticar os temas, as crianças e os jovens percebem que essa não é simplesmente mais uma matéria escolar em que precisam ser aprovados. Pelo contrário, isso passa a fazer parte do seu mundo real.
Para a professora do ensino fundamental 1, Valéria Jorge Barbosa, e de apoio pedagógico do 3º ao 5º ano, a educação voltada para a sustentabilidade é realmente um desafio e precisa de atenção. "Infelizmente ainda há uma parcela pequena de educadores que são engajados e precisamos de pessoas envolvidas na causa verde (como eu costumo chamar) para poder disseminar mais informações e para semear a ideia de que precisamos mudar os padrões".
Valéria conta que: "reciclagem é um tema que me fascina trabalhar. Eu começo a vislumbrar vários caminhos que posso seguir com as crianças, falando sobre contaminação do solo, do ar, da água, sobre o desperdício de energia e dos recursos da natureza, o custo alto do processamento do lixo e a partir disso as crianças começam a entender como tudo isso compromete a sobrevivência do nosso planeta".
Em sala de aula, Valéria costuma trabalhar de modo bem visual. "Levo textos, imagens, charges e a gente começa a explorar juntos o conteúdo. Assim, os alunos passam a se interessar, pois isso aguça a curiosidade das crianças. Mesmo que eles ainda não tenham a noção de tempo do planeta, é por meio de nossos ensinamentos que eles começam a entender como nossas ações podem ajudar".
Valéria, orgulhosamente diz: "pelas crianças que passaram por mim, eu vejo que consegui formar multiplicadores. Muitos retornam dizendo que lembram das aulas sobre reciclagem. Com minha fala e a minha paixão pelo tema, sinto que consegui atingir".
Reutilizando na prática
Em um novo projeto chamado 'Sala de recursos multifuncionais', que consiste em trabalhar aulas de apoio em Língua Portuguesa e Matemática, para crianças com dificuldade de aprendizagem, Valéria conta que vem se preparando e confeccionando diversos objetos. "Montei uma tabuada com garrafinha PET e reaproveitei palitos. Fiz uma espécie de palavras cruzadas com tampinhas plásticas e um tabuleiro para trabalhar a divisão com as crianças."
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Objetos utilizados na sala de recursos multifuncionais.
Para Valéria, "os resíduos recicláveis nos abrem um mundo de possibilidades, pois reuso cada material que iria para o lixo. Inclusive, percebo que minha forma de atuar acaba incentivando as outras professoras da escola, para não descartar resíduos que têm um excelente potencial. Isso é investir na turma e também é uma maneira de entrar no assunto da reciclagem, dando a devida importância ao tema".
A professora Ana Paula Ruiz, leciona em uma escola estadual no Paraná para turmas do infantil 5 (a antiga pré-escola) e conta como alguns temas podem ser debatidos e adaptados já com alunos de séries iniciais: "como não trabalhamos com livros e apostilas, escolhemos os conteúdos de acordo com a BNCC, que é a Base Nacional Comum Curricular, e adaptamos sempre com os resíduos recicláveis".
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Atividade lúdica realizada na turma da professora Ana Paula, com a construção de um sapo papa mosca, feito com caixa de leite.
Ana Paula explica como a criatividade auxilia no processo de aprendizado: "comecei o tema de meio ambiente falando sobre reciclagem e separação de resíduos. As crianças tiveram a ideia de desenhar as lixeiras e identificá-las com papel colorido. Usei uma música lúdica, para que os alunos entendessem que tipo de material devem colocar em cada lixeira. Usamos encartes de supermercado para eles recortarem os alimentos e irem colocando dentro de cada lixeirinha correspondente. Entrei também no tema da importância do descarte correto do resíduo".
Ana Paula enfatiza que muitos resíduos podem ser aproveitados e que, a partir disso, a criança passa a criar uma consciência para aquele material que pode ser transformado, por exemplo, em brinquedos e jogos. Para ela "o lixo, na educação infantil não existe, ele tem valor".
Ana ressalta que é importante a criança brincar com recicláveis para que ela desenvolva criatividade e imaginação. "Muitas vezes, a criança dá mais valor para um brinquedo não estruturado e feito a partir da reutilização de resíduos do que para o brinquedo pronto, pois foi ela que fez, construiu, desenvolveu, pintou, teve participação na criação e fez do jeito dela. Eles adoram!"
Como os pais podem se engajar?
Enquanto a escola atua ensinando a forma de desenvolver uma postura responsável em relação ao tema, é hora da família incentivar toda essa transformação.
Para Angela Cherobim, mãe de Vinícius de 9 anos, e Rafaela de 7, a temática da sustentabilidade escolar já está acontecendo. "Na festa junina na escola das crianças, todos os enfeites são feitos de resíduos reutilizados, o que acaba tornando isso além da teoria. A escola passa a dar o exemplo, colocando em prática a reutilização."
Angela acredita que é fundamental que a família esteja alinhada com o que é ensinado para as crianças na escola. "Todos os trabalhos escolares das crianças são feitos de resíduos reutilizados. A escola pede nosso apoio para guardar os resíduos reutilizáveis para a montagem dentro da própria sala de aula. Então sei que na escola deles já existe um movimento para essa vivência sustentável."
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Rafaela, filha de Angela e sua atividade escolar, utilizando resíduos plásticos recicláveis, como tampinhas plásticas .
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Trabalhos escolares confeccionados com resíduos plásticos recicláveis, feitos por Rafaela e Vinícius, filhos de Angela.
Angela conta que em sua casa há lixeiras para a separação do lixo e que segue replicando o que é aprendido na escola, incentivando as crianças a separar. "Como eles ainda estão na idade de serem induzidos para aprender, fazemos a nossa parte para colocá-los nesse meio."
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A reciclagem mecânica de resíduos plásticos tem colaborado com o aumento de empregos ou renda extra. Além disso, tem transformado o modo de vida de muitos, educando sobre a importância de repensar o consumo e reaproveitar resíduos.
Este estudo teve como objetivo apresentar - e esclarecer - todo o contexto que envolve o processo, bem como suas grandes contribuições para o país e colaboradores do setor.
Outra inovação é a manufatura de próteses mecânicas em impressoras 3D com biopolímeros (produzidos a partir de fontes renováveis, como a cana-de-açúcar, a beterraba, o milho e outras espécies). No caso da mão mecânica, a matéria-prima é o PLA – poliácido láctico constituído por moléculas de ácido láctico –, um ácido orgânico de origem biológica que é obtido a partir do amido do milho e da beterraba.
O volume de plásticos pós-consumo reciclados no Brasil teve um crescimento de 10%, em relação a 2018.
Foram 838 mil toneladas !
Confira outros números abaixo:
17,9 MIL EMPREGOS foram gerados na indústria de reciclagem mecânica.
As vagas foram ofertadas por empresas e cooperativas de reciclagem , que têm grande importância social, contribuindo com a geração de renda e, cada vez mais, com o desenvolvimento de colaboradores que garantem o sustento de suas famílias.
695 EMPRESAS EM OPERAÇÃO , dessas 82,5% das recicladoras entre Sul e Sudeste.
Com mais oportunidades de crescimento, a sustentabilidade e a economia seguem de mãos dadas estimulando novas ações e iniciativas sustentáveis por todo o país.
R$ 2,5 BILHÕES em faturamento bruto
Você sabia?
56,5% dos resíduos reciclados são PET!
De onde vem e para onde vai:
Quem imagina que a maior parte dos resíduos vem de empresas vai ficar surpreso ao descobrir, que mais da metade dos resíduos vem dos lares. Por esse motivo, nós, do Movimento Plástico Transforma, estimulamos a prática dos 4 Rs da Sustentabilidade.
Um deles é: REPENSE o seu consumo.
• 52,5% do plástico reciclado vem do uso doméstico
• 28% resíduo pós-industrial
• 19,5% pós-consumo não doméstico
O Sudeste se destaca como a região que mais consome os materiais plásticos reciclados e as 838 mil toneladas se dividem da seguinte forma:
• 55,5% Sudeste (464 mil t)
• 27% Sul (226 mil t)
• 11,3% Nordeste (95 mil t)
• 4,8% Centro-Oeste (40 mil t)
• 1,4% Norte (12 mil t)
O estudo apontou que ainda há uma porcentagem de perda no processo de reciclagem, em decorrência da contaminação no momento da triagem, adesivos ou sujeira orgânica, além de cores indesejadas. 135 mil toneladas foram identificadas no período.
Agora, queremos saber: você separa os seus resíduos adequadamente?
Contribua com o processo de reciclagem e seja um agente dessa transformação! 😉 ♻ ️
Existem lixeiras para cada tipo de material, indicadas por cores conforme abaixo. Mas, para facilitar em casa, você pode ter 2 lixeiras: uma para orgânicos e a outra para recicláveis.
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