A professora da rede pública de ensino de São Paulo Débora Garofalo foi considerada uma das dez melhores professoras do mundo ao ser a primeira brasileira das dez finalistas do Global Teacher Prize, considerado o Nobel da Educação.
Após o reconhecimento internacional, ela passou a ser Assessora Especial de Tecnologias da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE-SP). Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, foi vencedora na temática Especial Inovação na Educação, no Prêmio Professores do Brasil, entre outros prêmios estaduais e nacionais.
Aplausos à professora
As crianças do bairro Cidade Leonor, zona sul de São Paulo, mudaram depois que Garofalo desenvolveu um olhar inovador ao quebrar o paradigma do ensino de robótica utilizando sucata. "Hoje vejo uma gama de professores de diversos lugares do país utilizando o meu trabalho como referência para ensinar robótica", comemora.
A professora enfatiza que "tanto meninos quanto meninas podem criar com o que têm em mãos". Ela fala que é muito importante ver os alunos dando outros sentidos para materiais não estruturados, principalmente sucata, tendo ao mesmo tempo o cuidado com o meio ambiente. Por isso, hoje é primordial falar sobre os 4R (repensar, reduzir, reutilizar e reciclar) para mudar hábitos de consumo e produzir menos resíduos.
Tecnologia e sustentabilidade
A tecnologia é uma propulsora para a aprendizagem, "pois os alunos estão conectados aos tempos digitais, e trazer o mecanismo para dentro da educação vai dar um novo sentido para o ensino que chega até eles", diz. E prossegue: "Quando a gente traz o assunto da reciclagem e como podemos agir, uma opção é reutilizar o material para fazer outras coisas, e a outra é o descarte correto". Ela considera que hoje é primordial as escolas falarem sobre sustentabilidade.
Transformação do plástico
Tanto a reciclagem como o plástico foram subsídio para que o trabalho de robótica na escola da zona sul pudesse ocorrer. "Eu lecionei para uma comunidade muito simples, cercada por grandes favelas, onde seria impossível trabalhar a robótica se não fosse por meio da reciclagem. Ao mesmo tempo, encontramos um viés muito importante e necessário para a vida daquelas pessoas, mostrando que o plástico pode ser transformado e dar forma a outros objetos", destaca.
Nas mãos das crianças, o plástico se tornou robôs, carrinhos e animais, que ganharam vida ao estarem agregados a componentes eletrônicos. "Com esse trabalho, as crianças percebem a importância da destinação que será dada ao plástico para que não degrade o meio ambiente", salienta.
Para ela, a escola, que é a base da sociedade, trabalha com essas questões considerando caminhos para que os professores realmente possam trazer o debate da reciclagem à tona em nossas vidas cotidianas.
Plástico como propulsor da robótica
Debora Garofalo mostra que, no trabalho com robótica, uma das matérias-primas que mais encontraram foi o plástico, seja em copos, garrafas ou tampinhas, e ele foi o facilitador dos primeiros experimentos das crianças. "As tampinhas se tornaram eixos de rodas, os fundos de garrafas PET se tornaram calotas para dar suporte aos eixos, e foi com esses elementos que a gente conseguiu impulsionar o trabalho de robótica com sucata. "
Mas, mais do que isso, o versátil plástico se tornou verdadeiro experimento de criatividade e inventividade. "O plástico se transformou em carrinhos motorizados e deu sentido a outros protótipos, como ventiladores e até usina hidrelétrica", explica.
Para ela, os objetos existentes podem ser reaproveitados de diversas maneiras. Basta permitir que o trabalho ocorra e que possa trazer benefícios a todos. "Sempre quis oportunizar robótica para todo mundo, mas se não fossem os materiais recicláveis não teria condições, naquela época, de motivar mil alunos e, hoje, dois milhões de crianças, que é o quanto o meu trabalho vai atingir a partir do próximo ano." Falando assim, até parece simples. Mas é. Basta ter atitude, presença e alma de professora.
Celebrado no dia 05 de junho, a data internacional nos convida a olhar o plástico de forma cada vez mais responsável e os processos de descarte correto e reciclagem como algo extremamente vital.
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A reciclagem mecânica de resíduos plásticos tem colaborado com o aumento de empregos ou renda extra. Além disso, tem transformado o modo de vida de muitos, educando sobre a importância de repensar o consumo e reaproveitar resíduos.
Este estudo teve como objetivo apresentar - e esclarecer - todo o contexto que envolve o processo, bem como suas grandes contribuições para o país e colaboradores do setor.
Outra inovação é a manufatura de próteses mecânicas em impressoras 3D com biopolímeros (produzidos a partir de fontes renováveis, como a cana-de-açúcar, a beterraba, o milho e outras espécies). No caso da mão mecânica, a matéria-prima é o PLA – poliácido láctico constituído por moléculas de ácido láctico –, um ácido orgânico de origem biológica que é obtido a partir do amido do milho e da beterraba.
O volume de plásticos pós-consumo reciclados no Brasil teve um crescimento de 10%, em relação a 2018.
Foram 838 mil toneladas !
Confira outros números abaixo:
17,9 MIL EMPREGOS foram gerados na indústria de reciclagem mecânica.
As vagas foram ofertadas por empresas e cooperativas de reciclagem , que têm grande importância social, contribuindo com a geração de renda e, cada vez mais, com o desenvolvimento de colaboradores que garantem o sustento de suas famílias.
695 EMPRESAS EM OPERAÇÃO , dessas 82,5% das recicladoras entre Sul e Sudeste.
Com mais oportunidades de crescimento, a sustentabilidade e a economia seguem de mãos dadas estimulando novas ações e iniciativas sustentáveis por todo o país.
R$ 2,5 BILHÕES em faturamento bruto
Você sabia?
56,5% dos resíduos reciclados são PET!
De onde vem e para onde vai:
Quem imagina que a maior parte dos resíduos vem de empresas vai ficar surpreso ao descobrir, que mais da metade dos resíduos vem dos lares. Por esse motivo, nós, do Movimento Plástico Transforma, estimulamos a prática dos 4 Rs da Sustentabilidade.
Um deles é: REPENSE o seu consumo.
• 52,5% do plástico reciclado vem do uso doméstico
• 28% resíduo pós-industrial
• 19,5% pós-consumo não doméstico
O Sudeste se destaca como a região que mais consome os materiais plásticos reciclados e as 838 mil toneladas se dividem da seguinte forma:
• 55,5% Sudeste (464 mil t)
• 27% Sul (226 mil t)
• 11,3% Nordeste (95 mil t)
• 4,8% Centro-Oeste (40 mil t)
• 1,4% Norte (12 mil t)
O estudo apontou que ainda há uma porcentagem de perda no processo de reciclagem, em decorrência da contaminação no momento da triagem, adesivos ou sujeira orgânica, além de cores indesejadas. 135 mil toneladas foram identificadas no período.
Agora, queremos saber: você separa os seus resíduos adequadamente?
Contribua com o processo de reciclagem e seja um agente dessa transformação! 😉 ♻ ️
Existem lixeiras para cada tipo de material, indicadas por cores conforme abaixo. Mas, para facilitar em casa, você pode ter 2 lixeiras: uma para orgânicos e a outra para recicláveis.
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