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Educação Sustentabilidade

Produção de plástico reciclado pós-consumo cresce 14,7% no Brasil

9 de dezembro de 2022

Apesar de ainda enfrentar dificuldades na contaminação e descarte incorreto de plástico reciclável, o Brasil apresentou melhoras significativas na reciclagem e, principalmente, na produção de plástico reciclado pós-consumo. No total, o país produziu mais de 1 milhão de toneladas de PCR, em um crescimento de 14,7% na produção do material.

É o que mostra a pesquisa Índice de Reciclagem no Brasil, realizada anualmente pela MaxiQuim desde 2018 a pedido do Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast), uma parceria entre a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST), representante do setor de ttransformados e reciclados plásticos e a Braskem, a maior petroquímica das Américas.

 

 

Fonte: Elaboração e Consolidação MaxiQuim, resultados das análises - Pesquisa PICIPLAST 2022


O estudo mostrou, além do crescimento na produção de PCR, que o país se manteve estável no que diz respeito à reciclagem dos resíduos plásticos pós-consumo. Em 2021, o Brasil reciclou 23,4% do plástico pós-consumo gerado, entregando um aumento de 0,3% em relação a 2020.

A origem 

A pesquisa mostrou também um panorama da origem do plástico pós-consumo reciclável no Brasil, destacando a importância do material no incentivo à economia circular, especialmente entre as populações de baixa renda. De acordo com o estudo, 1,5 milhão de toneladas de resíduos plásticos chegaram às recicladoras no ano de 2021, sendo 27% delas coletadas por sucateiros e 10% pelas cooperativas de catadores, representando quase 40% da coleta total no país.

VOLUME DE RESÍDO CONSUMIDO NA RECICLAGEM EM 2021

Por Proveniência de matéria-prima adquirida pelos recicladores

Fonte: Elaboração e Consolidação MaxiQuim, resultados das análises - Pesquisa PICIPLAST 2022

Essa 1,5 milhão de toneladas consumida no Brasil em todo o ano representa um crescimento de 13,2% em relação a 2020, sendo que um pouco mais de 1 milhão de tonelada é oriunda de plástico pós-consumo descartado pela população em geral, além de cerca de 405 mil toneladas de plástico pós-industrial, como sobras dos processos da indústria petroquímica, de transformação de plásticos e da própria reciclagem de plásticos.

Os problemas que ainda persistem

Além da pouca conscientização das populações locais, a maior dificuldade para o setor ainda são as perdas no processamento do material por contaminação da sucata plástica com materiais indesejados. São elas: materiais como adesivos, sujeira orgânica e, dependendo do material, cores indesejadas. No total, foram 188 mil toneladas de material perdido durante os processos de reciclagem, um aumento de 11,4% em comparação a 2020, sendo o PET o material que mais sofreu perdas.

Fonte: Elaboração e Consolidação MaxiQuim, resultados das análises - Pesquisa PICIPLAST 2022

A pesquisa, porém, também mostra uma melhora em relação a anos anteriores do estudo, apresentando um crescimento de 33,9% na produção de plástico reciclado pós-consumo em relação ao primeiro ano da pesquisa, em 2018.

"Esse dado de crescimento da produção de plástico reciclado pós-consumo mostra uma recuperação da indústria pós pandemia, mas também uma maior utilização por parte das empresas do PCR. Acreditamos que esse percentual deve continuar a subir nos próximos anos, ajudando também no crescimento do índice de reciclagem", explica Solange Stumpf, sócia da MaxiQuim.

Quer saber mais? Confira as informações baixando o PDF

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